Uma das lições importantes da primeira palestra que assistimos é que estamos vivendo a era da confiança. Não podemos continuar falando apenas sobre a era digital ou a era da transformação, pois o nosso público já vive a era da confiança. Criamos laços com marcas e desenvolvemos intimidade com criadores de conteúdo. Não consumimos produtos ou serviços de empresas em que não confiamos.

Isso demonstra a necessidade urgente de reajustar o posicionamento e o relacionamento das marcas com as pessoas. Não há mais espaço para publicidade tradicional; as pessoas entendem a diferença entre mídia e relacionamento. O tema do evento, "Trust in You", pode parecer um papo motivacional para quem está chegando, mas, na verdade, reflete uma mudança e evolução no comportamento das pessoas, marcas e mercado.

Você sabia que 33% das propagandas são com imagens de mulheres? Além disso, 80% das mulheres não se reconhecem nas propagandas. Durante o evento, ouvimos Piera Gelardi, co-fundadora da Refinery29, um espaço dedicado a criar conteúdo para a nova geração de mulheres.

Tudo começou quando a Refinery29 percebeu a necessidade de criar conteúdos para mulheres reais, em contraste com a visão estereotipada frequentemente apresentada nas propagandas. Hoje, a Refinery29 tem uma audiência de 250 milhões de pessoas e atua em um mercado de nicho. Isso nos leva a refletir sobre o movimento das mulheres em relação ao consumo, ao conteúdo que as representa (aquele que mostra a mulher real) e ao seu impacto no mercado publicitário.

Durante um painel com Marco Raab (Escada), Hubert Wieser (Nestlé), Paige O’Neill (Sitecore) e Gisele Papenfuss (Metro), aprendemos lições valiosas sobre o papel de um CMO.

Atuar como CMO está intimamente ligado à gestão e ao networking, o que revela a magnitude e a crescente complexidade do trabalho. Esse cargo exige uma organização robusta tanto da parte da empresa quanto do próprio profissional para lidar com pessoas, relações e a rotina empresarial.

Um dado alarmante é que 80% dos CEOs não confiam nos CMOs.

Isso levanta questões sobre o papel dos CEOs e a construção de uma relação de confiança dentro das equipes. A discussão destacou que a mudança deve ser liderada pelo CMO, mas também precisa do envolvimento de outras pessoas na empresa para que seja efetiva.

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Petro Novelli, Partner Marketing do Facebook, trouxe diversos insights para o DMEXCO sobre como utilizar dados, respeitando as políticas de privacidade. Ele destacou o Facebook IQ, uma plataforma que oferece insights e relatórios sobre comportamentos, valores, mercados e formatos.

Aqui estão algumas maneiras de como o Facebook IQ pode ajudar:

• Definindo Objetivos: Estabeleça metas claras para suas campanhas.
• Gerando Insights: Obtenha dados aprofundados para orientar suas estratégias.
• Insights To Go: Utilize filtros de busca para insights específicos.
• Crie Campanhas para Cada Persona: Conecte-se com diferentes perfis de público.
• Engajamento Rápido: O engajamento é melhor se sua audiência interagir com seu vídeo nos primeiros 3 segundos.
• Teste suas Campanhas: Avalie a eficácia através de testes.
• Planeje: Estruture suas ações com base nos dados obtidos.
• Compre Mídia: Note que o crescimento de pessoas que assistem TV sozinhas aumentou 80% nos últimos 10 anos.
• Mensuração e Performance: O único caminho para o crescimento é aprender com os erros.

A legislação sobre o uso de dados é um tema recorrente em eventos, e as empresas estão se adaptando para usar dados de forma responsável, sem perder seu valor. Afinal, os dados e o comportamento das pessoas são fundamentais para a manutenção das empresas.

Como você se expressava quando era jovem? Posters, roupas, acessórios—nossa forma de expressão era ilimitada e autêntica. A Ashley nos mostrou que agora, levamos todas as nossas referências e formas de expressão para o Instagram. Não se trata apenas de uma rede social para fotos e vídeos, mas de um espaço para mostrar nossa essência e identidade.

“50% das pessoas usam a ferramenta Explorar no Instagram.”

Repensar é Fundamental: Uma rede que foi considerada a mais prejudicial para a saúde mental está revisando sua forma de atuação e impacto na vida das pessoas. Como podemos utilizar o Instagram para contar histórias de forma genuína? Quantas vezes você consumiu um conteúdo sem se preocupar primeiro com likes e seguidores? A ideia é que a rede se concentre cada vez mais no conteúdo, e não nos números. O Instagram deseja se tornar parte da conversa e ser um lugar onde as pessoas realmente queiram estar.

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Um espaço onde aprendemos que a imagem é o mais importante. A liberdade de criar e, através dos filtros, causar sensações e sentimentos pela internet. O conceito Câmera First nos mostrou como a captação está em primeiro lugar—primeiro a imagem, a paisagem, o vídeo.

O Snapchat ilustra como pensar na história é crucial, e somente depois considerar como a tecnologia pode impulsionar esse conteúdo. Hoje, 250 milhões de minutos são gravados dentro da plataforma. A criação dos famosos filtros permite que os usuários estejam à frente da criação de conteúdo, gerando um engajamento incrível para as marcas e naturalizando o uso desses filtros. Nos acostumamos a usar a câmera para interagir com nossos ambientes, um comportamento reforçado com o lançamento do Pokémon GO. Essas ações podem parecer apenas avanços tecnológicos, mas na verdade ajudam a moldar o comportamento da sociedade.

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Dados e mais dados.

Na palestra com Roger McNamee, ex-mentor de Mark Zuckerberg e autor do livro “Zucked - Waking up to the Facebook Catastrophe” (ou “Acordando para a Catástrofe do Facebook”), exploramos como o Facebook utiliza os dados dos usuários. McNamee, que trabalhou no Facebook durante anos, trouxe uma perspectiva crítica sobre a forma como ferramentas e plataformas como Google, Amazon e redes sociais lidam com dados—um processo que, em última análise, sempre foi monetizado.

A reflexão proposta é sobre como os algoritmos moldaram nossas vidas e transformaram nossos comportamentos. Por exemplo, o Pokémon GO influenciou os lugares que frequentamos e as decisões que tomamos, tudo baseado em um algoritmo que molda nossas ações sem que percebamos.

A discussão central gira em torno do uso dos nossos dados: são eles utilizados apenas para que possamos comprar mais coisas, com anúncios cada vez mais segmentados e direcionados? E como as empresas e marcas estão usando essas informações de maneira positiva? Quais são os benefícios reais para o consumidor com essa tecnologia?

Essas questões destacam a necessidade de refletir sobre como nossos dados estão sendo usados e como eles serão utilizados no futuro, levantando uma curiosidade crescente sobre o impacto dessa tecnologia em nossas vidas.

A nova geração de conteúdo já entende que, para se manter relevante na rede, é fundamental criar e estabelecer comunidades.

O YouTube já mostrou casos em que criadores de conteúdo começaram seus canais com o foco em algo que almejavam ser, mas sem sucesso. Isso ocorre porque o público percebe quando o conteúdo é produzido com autenticidade e verdade. O verdadeiro poder na criação de comunidades reside na identificação e na autenticidade.

Identificação é o ponto-chave!

Um exemplo claro é o que ocorreu com a Refinery29. A plataforma viu um sucesso significativo ao criar conteúdo voltado para mulheres reais, algo com que o público feminino se identificou genuinamente. O uso de identificação entre marcas, criadores de conteúdo e consumidores é o que transforma um grande grupo em uma comunidade coesa e engajada.

Identificação e verdade são essenciais para construir e manter comunidades reais e duradouras.

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Uma visão crucial para o futuro é entender como as empresas estão se ajustando às transformações geracionais.

É imperativo que as empresas mudem a forma como encaram as transformações do mundo. O público já percebe que o que acontece ao nosso redor é também responsabilidade das empresas. Uma indústria que possui um propósito real com a sociedade se compromete com a verdade em sua entrega e comunicação.

Como observou Sir Martin Sorrell, ex-executivo do WhatsApp, as empresas precisam abandonar o estilo “Mad Men” de grandes ideias isoladas. Em vez disso, devemos integrar esforços de mídia, dados e design para que todas as áreas da empresa sejam verdadeiramente criativas. Os dados que temos à disposição nos informam, e a nossa criatividade pode tornar esses dados mais efetivos, gerando insights que realmente impactam as pessoas.

Este é o caminho para alcançar a nossa “big idea” e criar um impacto genuíno.

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