A IA está sendo vista como a próxima Grande Tecnologia de Propósito Geral, com foco na transição de modelos de linguagem para sistemas de agentes de IA autônomos, definidos pela sua capacidade de pensar, realizar ações e aprender sem intervenção humana, o que impulsiona a automação nos negócios; no entanto, essa evolução exige um investimento de capital maciço em infraestrutura (estimado em US$ 4 trilhões nos próximos cinco anos) e estratégias sofisticadas de mitigação de erros (como verificação e gestão modular de contexto) para lidar com a complexidade dos Modelos de Linguagem Grande (LLMs).

A discussão se deslocou da substituição humana pela IA para o aprimoramento do trabalho, onde a IA é vista como uma ferramenta que automatiza tarefas de baixo valor, tornando-se um "colega de trabalho" de produtividade para os colaboradores, exigindo, em contrapartida, que as empresas atinjam a "Process Excellence" (excelência em processos) para que a IA possa funcionar efetivamente, e que os humanos concentrem-se em habilidades irreplicáveis como julgamento, discernimento, criatividade e conexão humana, o que torna vital uma requalificação (skilling) em larga escala para que a força de trabalho se torne fluente em IA.

O setor financeiro caminha para uma "economia de atraso zero", impulsionada pela convergência entre IA e blockchain (stablecoins), visando pagamentos instantâneos 24/7 e infraestrutura de suporte em tempo real, sendo que soluções nacionais, como o PIX do Brasil (usado por cerca de 80% da população), destacam-se como modelos de sucesso e soberania digital por serem mercados únicos, enquanto as stablecoins são vistas como a infraestrutura ideal para transações transfronteiriças mais baratas e a ascensão do "comércio agêntico" exige novos protocolos de segurança e confiança (como o Agent Pay) para validar transações realizadas por agentes de IA

O Web Summit 2025 sinalizou o declínio da dominância tecnológica ocidental, com a China emergindo como uma força inovadora chave, destacando-se em setores como agentes de IA (Manith AI) e Veículos Autônomos (VAs), o que intensifica a competição tecnológica global e gera um foco renovado em proteger o know-how e a infraestrutura, sendo que a ascensão de modelos como o PIX reflete essa tensão, atuando como um modelo de soberania digital que é estudado por mais de 50 países e tem implicações geopolíticas, embora não seja fundamentalmente uma ação contra os Estados Unidos.